sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Jinny


Tomo consciência deste mundo. Parmi les êtres femmes vertes, roses, perles-grises, sont les corps droits des hommes. Ils sont blanc et noir ; semblent un secret, tellement encaixados assim em suas roupas. Volto a ver a imagem de um túnel refletida na janela. En mouvement. Moi, j´avance e as figuras pretas e brancas daqueles homens desconhecidos miram-me. Suas mãos esvoaçam até as gravatas. Tocam coletes, bolsos, lenços. Ils sont très jeunes et ils sont ansiosos por causar boa impressão. Sinto brotar em mim milhares de possibilidades. Je suis brejeira, gaie. Mais oui também sou languissante, melancólica...



Apesar de enraizada, j´ondoie. Penchée à droit, toda dourada, je dis à un homem: “Viens”. Puis, ondulando nas sombras, eu digo a outro: “Non”. Há um que se afasta do grupo. Ele sai de sua imobilidade. Il approche.  Il vient em minha direção. C´est le moment le plus excitant que eu já vivi. Je frémis, j´ondule. J´ondoie comme une plante flottant dans la rivière, deslizando ora nessa direção, ora em outra... mas sob a superfície da água, solidamente enraizada: pois só assim ele poderá vir ao meu encontro, sem medo que a corrente me leve...
“Viens”, digo, “viens”. E ele pálido, de cabelos escuros, romântico, melancólico. Pour lui, eu me mostro brejeira, volúvel, caprichosa, justamente porque ele é romântico, melancólico. E está aqui, ao meu lado.
Agora, com um ligeiro puxão, sou arrebatada: sou levada para longe, junto com ele. Uma douce courant nos emporte. Saímos e entramos ao som desta música hesitante. Corpos rochedos interrompem a torrente de dança. Elle s´agit, estremece. Nossos corpos, forte o dele, fluido o meu, ils sont pressionés, um contra o outro, dentro do corpo cercle parfait dessa dança. Ah, ela nos embala, em suas dobras sinuosas, d´un coté a l´autre. A música para, de repente.
Apesar disso, o meu sangue continua a correr. 

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