quarta-feira, 4 de maio de 2016

lente subjetiva

fico pensando onde está a virtude. essa palavra já comprometida em sua etimologia. pois pressupõe-se masculina. se a virtude pressupõe-se do sujeito, do eu, quem sou esse eu? porque há várias vozes que falam aqui dentro. e fico pensando qual delas é meu eu de verdade. contraditórias, algumas julgam as outras. outras lutam muito para se fazer valer. umas eu até tento ajudar mas vejo que fracassam. não serão eu? ou serão justamente eu porque luto para ser? sou eu de fato aquilo que não consigo arrancar de mim?. ou essas são vozes que se cravaram em mim desde muito cedo? será a voz do Pai que fala em mim? seria essa a voz da virtude? aquele pensamento insidioso, sou eu? sou aquela que não quero ser? e que vejo saltar de mim?

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